"Muita coisa mudou", mas Medina garante que perspetivas económicas mantêm-se inalteradas
O governante defende que "a ação política demarca-se pela capacidade de responder aos desafios", numa mensagem para os combates políticos que se avizinham.
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A crise política veio abalar o dia-a-dia, o próprio ministro das Finanças, Fernando Medina, admite que "muita coisa mudou", mas as perspetivas económicas vão manter-se intactas, se o Orçamento "for executado como está desenhado".
De acordo com Fernando Medina, que falava numa audição parlamentar na Comissão de Orçamento e Finanças no âmbito do Orçamento do Estado, haverá "um saldo positivo das contas orçamentais e uma redução da dívida pública abaixo dos 100 por cento do PIB", em 2024, que colocará Portugal com uma dívida pública inferior à da Bélgica.
"Estou em condições de assegurar que teremos um saldo positivo do ponto de vista orçamental de 0,8% este ano e que teremos uma dívida pública inferior a 100% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024", assegurou.
Medina lembrou ainda que na política "raramente determinados as circunstâncias", defendendo que "a ação política demarca-se pela capacidade de responder aos desafios", numa mensagem para os combates políticos que se avizinham.
"Nada nos leva a mudar as projeções que fizemos relativamente ao ano de 2024, seja do ponto de vista do crescimento - isto é, mais um ano de convergência com os outros países europeus, seja relativamente à manutenção de um saldo orçamental positivo de 0,2%, seja ultrapassando definitivamente a barreira da dívida de 100% do PIB", disse.
As eleições legislativas estão marcadas para 10 de março, depois da demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro. Há, no entanto, tempo para que os deputados aprovem o Orçamento do Estado para o próximo ano.