Mães foram ouvidas pelos serviços da autarquia de Loures e pela Segurança Social, mas apenas conseguiram pensões para passarem as próximas três noites.
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Continua a saga das cinco famílias que foram despejadas, na segunda-feira, no bairro do Catujal, em Loures. Sandra Fernandes, da associação Habita, revelou à TSF que há agora ameaças de tirarem as crianças às mães por falta de habitação e meios de subsistência.
Ao longo desta terça-feira, as mães foram ouvidas pelos serviços da autarquia de Loures e pela Segurança Social, mas apenas conseguiram pensões para passarem as próximas três noites.
"Têm alojamento para três noites e as famílias terão de procurar uma solução por elas mesmas. Estas famílias estão regulares, com algumas pessoas com nacionalidade brasileira. Como está tudo parado a nível de papéis do SEF estão também à espera das reuniões para continuarem com o seu processo de residência, o que dificulta que encontrem uma casa no mercado de arrendamento tradicional", explicou à TSF Sandra Fernandes.
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Tanto a Segurança Social como a Câmara Municipal de Loures alegam não ter habitações disponíveis e o risco agora é que as famílias monoparentais venham a perder a guarda dos filhos.
"Também há aqui algumas ameaças de retirar as crianças ou de elas ficarem à guarda do Estado se não for encontrada uma solução habitacional. São três famílias monoparentais femininas e, então, estão a responsabilizar as mães por esta situação. Parece-nos muito grave que pessoas que estão numa situação de carência económica sejam ameaçadas com a retirada das crianças e não apoiadas como deveriam ser", acrescentou a responsável da associação Habita.
Entretanto, a associação escreveu ao Governo, a quem pede uma solução urgente para estas 11 pessoas - entre elas seis crianças.
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