Com as portas fechadas devido ao estado de emergência, a biblioteca municipal da Mealhada vai passar a levar livros às pessoas do município.
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É a velha máxima: Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai até Maomé ou neste caso, se o leitor não pode ir à biblioteca, a biblioteca vai até ao leitor.
Sem saírem de casa, os habitantes da Mealhada podem escolher no catálogo online e requisitar os livros pelo telefone (23120168) e, mais tarde, um funcionário da autarquia irá entregar o pedido a casa.
Esta é uma forma que a autarquia encontrou para lutar contra o isolamento social sem comprometer a saúde dos habitantes.
As entregas vão acautelar as regras de segurança: além do distanciamento de pelo menos um metro entre as pessoas, os livros são desinfetados e colocados dentro de um saco de plástico.
Rui Marqueiro considera que um livro é um bem de primeira necessidade e que, mesmo com a biblioteca fechada, é essencial não ser vedado o prazer da leitura.
Por esse motivo, os funcionários da autarquia, que tem liberdade de circulação no município, entregam os livros a casa de quem os requisitar.
"É mais cómodo para as pessoas que estão fartas de estar em casa, para as crianças que estão fartas de estar em casa e é uma maneira de descomprimir o ambiente", sublinha Rui Marqueiro.
O primeiro livre a ser entregue foi "O Diário de um Banana", aos dois filhos de Cláudia Breda.
"As minhas crianças estão satisfeitas e ficaram muito felizes", vai ser a distração dos miúdos para os próximos dias, garante esta mãe.
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