"Não é uma sanção." PS defende que Santos Silva é livre de escolher quem quer em visitas ao estrangeiro
Os socialistas consideram que a decisão do presidente da Assembleia da República é legítima.
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O Partido Socialista (PS) afirma que acompanha as preocupações do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que, esta quarta-feira, decidiu excluir o Chega das delegações das visitas a parlamentos estrangeiros.
A decisão da exclusão do Chega destas visitas foi comunicada na reunião da Conferência de Líderes que aconteceu no Parlamento esta manhã. O líder do partido, André Ventura, classificou a medida como uma "atitude vingativa, infantil e ditatorial" e pôs em causa a legitimidade da mesma, alegando que não há normas regimentais que deem respaldo a estas sanções.
Em declarações aos jornalistas, após a a reunião da Conferência de Líderes, Pedro Delgado Alves, do PS, rejeitou que esteja em causa uma sanção e sustentou que cabe ao presidente da Assembleia da República escolher quem são as delegações que o acompanham nas visitas ao estrangeiro.
"Não é uma sanção, é apenas dizer que quem não está disponível no exterior - nem disponível esteve em sua casa - para respeitar um chefe de Estado estrangeiro (...) não pode arriscar a credibilidade, o prestígio, o respeito que a Assembleia da República quer que os outros Estados (...) tenham pela República Portuguesa", argumentou Pedro Delgado Alves.
O deputado socialista sublinha, de resto, que a Assembleia da República é regida por um "código de conduta expresso". "Pode dizer apenas que é um dever de todos os deputados comportar-se de forma urbana e respeitar as outras pessoas. Isso é uma evidência", frisou.
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O Parlamento irá, no próximo dia 10 de maio, refletir e analisar aquilo que aconteceu na Assembleia da República, no 25 de Abril, nomeadamente os protestos levados a cabo pela bancada do Chega, na cerimónia que contou com a presença do Presidente do Brasil e que levou o Presidente da Assembleia, Augusto Santos Silva, a repreender os deputados daquele partido. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, no final da reunião da Conferência de Líderes.