"Não estamos uns contra os outros." DGS assegura que informação chega a todos
Graça Freitas deixa claro que as entidades associadas à rede de autoridades de saúde têm todas acesso à mesma informação e pede cautela na divulgação de dados.
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Não é preciso criar crises por causa do acesso à informação, mas tem de se ter cuidado com o direito à confidencialidade. Os dois alertas foram deixados pela diretora-geral da Saúde, na habitual conferência de imprensa sobre a atualização da situação da Covid-19, depois de vários autarcas terem acusado as entidades nacionais de "lei da rolha".
"Não estamos contra ninguém, não estamos uns contra os outros, mas pode haver acertos e desacertos na informação", aponta Graça Freitas, sublinhando que é preciso ter atenção, já que esses "desacertos" podem gerar "números diferentes".
A diretora-geral da Saúde exemplifica, então, que um "cidadão pode estar inscrito num lado, residir noutro e adoecer no outro", o que pode levar a duplicação ou até triplicação de números, algo que deve ser evitado com a coordenação das várias entidades.
Porém, prossegue, "não há que criar crises com estas diferenças granulares da informação", é preciso sim "não infringir" regras de confidencialidade e direitos das pessoas. "Há informação micro, nomeadamente abaixo de três casos por unidades muito pequenas - freguesias ou concelhos - que não deve ser publicada para não trair confidencialidade dos casos", justifica.
Assim, por muita vontade que haja de partilhar informação, é preciso lembrar a lei, tendo em conta que "números muito pequenos levam a que não se cumpra a regra que protege os utentes".
A diretora-geral da saúde esclarece ainda que há uma organização baseada "numa rede de autoridades de saúde" e que as entidades em causa "têm compilação e acesso à mesma informação que o nível nacional tem" -desde os casos confirmados aos óbitos -, porque "acedem às mesmas fontes".
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