A sondagem revelada esta segunda-feira pela TSF, JN e DN mostra que André Ventura, líder do Chega, é a principal figura da oposição.
Corpo do artigo
O deputado do Chega, Filipe Melo, reitera que não haverá Governo de direita sem o Chega e avisa que o partido tem cada vez mais militantes. Ouvido no Fórum TSF sobre a sondagem da Aximage para a TSF, JN e DN, o deputado do partido liderado por André Ventura afirma que há cada vez mais eleitores a olharem para o Chega como uma alternativa ao PSD.
TSF\audio\2023\04\noticias\24\filipe_melo_1_n_ha_gov_sem_chega
"As pessoas querem uma mudança à direita. Se o líder do PSD descarta qualquer tipo de ligação à direita, e sejamos francos, não há governo de direita sem o Chega, naturalmente que o líder do PSD tende a afastar aquelas pessoas que supostamente até podia votar PSD até porque estavam desejosos dessa solução governativa à direita. Naturalmente, que esse eleitorado irá virar-se para o Chega. Não há dúvida nenhuma", disse.
Na sondagem da Aximage para a TSF JN e DN, o Chega surge em terceiro, perde umas décimas e regista 12,1% de intenções de voto. A soma dos votos de toda a direita (48,1%) vale agora mais do que valia em janeiro e está acima dos valores da esquerda (45,3%).
Por outro lado, a porta-voz do PAN critica o Chega, porque o partido "até hoje não aprovou nenhuma iniciativa legislativa". Além disso, Inês Sousa Real elogia o trabalho desenvolvido que tem tido resultado nas intenções de voto, como revela a sondagem da Aximage.
"É evidente que o trabalho de oposição, responsável, comprometido que temos feito tem dado os seus frutos. Como ainda agora ouvíamos um ouvinte a dizer a importância dos partidos darem resposta às preocupações e não apenas ser oposição de terra queimada porque na verdade não são os partidos que acabam por falar mais alto e colher assim de alguma o voto da insatisfação", disse no Fórum TSF.
Já o PCP, que afunda cada vez mais nas intenções de voto, desvaloriza o resultado da sondagem. "Não julgo que nos devamos prender demasiado com essa informação", considera a deputada comunista Alma Rivera.
"O elemento objetivo que nós podemos convocar para fazermos a interpretação, seja das sondagens, seja do momento político, é precisamente aquilo que vamos ouvindo e aquilo que vamos ouvindo é essa falta de perspetiva para a solução dos problemas", acrescentou.
Na mesma linha, o deputado Rui Tavares, do Livre, considera que ainda há um longo caminho até às próximas eleições, sublinhando que "os resultados devem ser levados de uma forma diferente". Rui Tavares garante que o partido "está a fazer um caminho de credibilização e de trabalho".