Um otimista, que acredita na liberdade e defende a individualidade, acredita no amor, é observador, aprecia uma boa refeição, estima os amigos, gosta do silêncio, encontra na escrita um abrigo e no humor uma defesa.
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Nesta entrevista à TSF, Miguel Esteves Cardoso fala sobre a liberdade, a ousadia dos anos 80, a origem da Fundação Atlântica, sobre as saudades e Portugal, um país que o orgulha.
Miguel Esteves Cardoso recorda ainda os tempos do jornal "Independente" e a "Noite da Má Língua".
"A escrita é feita para estranhos, a escrita tem tantos inimigos, escrevemos para quem gosta de ler e são muito poucos." O escritor, cronista, jornalista confessa ter saudades dos tempos em que não há medo de nada e se acredita em tudo.
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"Portugal tem um SNS, que permite a todos terem acesso a um médico, antigamente os pobres morriam. Há escola, os ordenados mínimos - são miseráveis - mas existem. Este é um Portugal muito melhor, o progresso foi enorme", diz o autor.
Para Miguel Esteves Cardoso o talento e a inteligência não têm classes sociais e o acesso ao ensino, à escola permitiu derrubar estas barreiras.
Diz que continua a acreditar no amor e que é feliz.
Miguel Esteves Cardoso é o autor homenageado da 16.ª edição do Festival Literário Escritaria, que decorre até domingo, em Penafiel.
No livro "Amores e Saudades de Um Português Arreliado", escreveu que "viver não é a melhor coisa que há: é a única". O Festival Escritaria acaba de tornar Miguel Esteves Cardoso eterno.