No Parlamento, o Governo explicou que três maternidades vão estar "em funcionamento pleno" e a quarta estará "em níveis mínimos de urgência externa". Detalhes serão dados "a tempo" para evitar "surpresas".
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O tema marcou a interpelação com que o PCP quis denunciar "a falta de vontade política do Governo" para contratar profissionais em falta na Administração Pública, para garantir a qualidade dos serviços públicos.
"A solução não é encerrar maternidades", criticou a deputada Rita Rato que defendeu a necessidade de "contratar de imediato todos os profissionais em falta: médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, auxiliares de ação médica".
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Perante as críticas dos parceiros de maioria e da oposição que já entregaram pedidos para ouvir a Ministra da Saúde, Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Bastonário da Ordem dos Médicos, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu que não se trata de "encerrar maternidades".
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"Não vão encerrar maternidades em Lisboa, nos próximos meses de verão. O que está a ser estudado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo em conjunto com os quatro hospitais é a forma como o INEM vai encaminhar as grávidas para esses hospitais, garantindo que, pelo menos, três dessas quatro maternidades estarão sempre em funcionamento pleno e a outra maternidade estará a funcionar apenas com níveis mínimos de urgência externa", disse o governante.
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Francisco Ramos garante que "tudo está a ser trabalhado para não haver surpresas e será comunicado, em devido tempo, para que se garanta o nível de excelência a que estamos habitados".
Ontem, o jornal Público adiantou que as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar encerradas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.
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Questionado sobre o assunto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esperar que o eventual fecho rotativo de urgências de obstetrícia em Lisboa seja "devidamente esclarecido e explicado", para "serenar os espíritos das pessoas".