Familiares de governantes. "Nenhuma norma do código de conduta está a ser violada"
Augusto Santos Silva sublinha que vai aguardar, "com serenidade, o parecer da Procuradoria-Geral da República e, entretanto, aplicar o bom senso" no caso dos familiares de governantes que têm negócios com o Estado.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros nega que o facto de vários familiares de governantes terem negócios com o Estado não constitui "nenhuma violação ao código de conduta". Augusto Santos Silva adiantou aos jornalistas que a lei está a ser interpretada de forma literal, algo que considera absurdo.
"O código de conduta está a ser cumprido. A interpretação literal fechada da lei de 1995 conduziria ao absurdo. Eu não posso ser penalizado por o meu filho, o meu tio ou o meu irmão estarem a desempenhar atividades profissionais em áreas que não têm nada a ver comigo, no quadro das quais celebram há muitos anos - se for esse o caso - contratos que obtêm por via legítima e legal com entidades públicas, muitas delas independentes do Governo, como são, por exemplo, as universidades. Eu não posso ser prejudicado por isso, sendo, aliás, que eu não tenho nenhuma capacidade de interferir nessas atividades."
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A propósito das polémicas mais recentes que envolvem o secretário de Estado José Artur Neves e de mais três ministros , Augusto Santos Silva sublinha que vai "com serenidade, aguardar o parecer da Procuradoria-Geral da República e, entretanto, aplicar o bom senso".
Augusto Santos Silva defendeu que estas questões não fragilizam o Governo.