"Ninguém acreditava." Como os estudantes da FCUL receberam a notícia do atentado evitado pela PJ
Suspeito de 18 anos, aluno daquela instituição de ensino, foi detido pela PJ. O alerta partiu do FBI e o homem será presente a juiz esta sexta-feira.
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Os estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) ficaram "incrédulos" quando souberam que um colega, caloiro de 18 anos, estava a planear um atentado terrorista.
À TSF, o presidente da Associação de Estudantes da FCUL descreve como ele e os restantes colegas receberam a notícia. "A primeira reação de todos os estudantes que estavam comigo na faculdade foi não acreditar, ninguém acreditava no que estava a acontecer, porque é uma situação que não acontece cá em Portugal", revela Luís Borges.
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O presidente da associação de estudantes da FCUL acrescenta ainda que quando os estudantes se aperceberam que era naquela faculdade "instalou-se um medo, receio e até um certo pânico entre alguns alunos, que começaram a desmobilizar".
Luís Borges revela que não sabe quem é o estudante de 18 anos, suspeito do crime de terrorismo, e que se encontra detido nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa. "Começámos a questionar como é que a situação chegou a um ponto tão grave, ao ponto de planear um atentado contra a própria faculdade onde o ambiente é muito calmo e seguro."
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Apesar de a Faculdade de Ciências garantir que esteve sempre em articulação com as autoridades e que não houve qualquer problema no que à segurança diz respeito, o presidente da associação de estudantes explica que há estudantes que ponderam faltar aos exames, marcados para os próximos dias.
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"Muitos colegas meus estão com receio, outros tiveram mesmo ataques de pânico", sublinha Luís Borges, referindo que o plano do atentado direcionado àquela comunidade escolar "cria choque" e afeta mentalmente muitos estudantes.
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