"Ninguém ficará sem teto." Carlos Moedas garante apoio a vítimas de fogo em prédio em Lisboa
Três pessoas, um casal e uma criança de cinco anos, estão no hospital em estado muito grave e com prognóstico reservado.
Corpo do artigo
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, deslocou-se ao prédio de dez andares, no número 108 da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa, onde um incêndio na noite desta quinta-feira provocou 18 feridos, três deles graves, para garantir que todas as vítimas terão apoio da autarquia.
"Acompanhamos sempre as pessoas, conseguimos resolver estas situações. Ninguém ficará sem teto, mas estamos sobretudo preocupados com as que estão no hospital neste momento", confessou Carlos Moedas à CNN Portugal.
O autarca lembrou também a noite "muito difícil" e salientou que a situação podia ter sido "ainda mais grave".
15602441
"Tivemos 87 operacionais no terreno, não só do Regimento de Sapadores mas também do INEM, Proteção Civil e Polícia Municipal. Pensámos ter seis casos graves, neste momento temos três. O meu papel aqui é sobretudo agradecer ao comandante Tiago Lopes pelo trabalho excecional que foi feito pelos bombeiros esta noite e salvou muitas vidas", sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa.
Em jeito de aviso, Moedas pediu também às pessoas para que, nestes casos, não se dirijam para os elevadores, como fizeram as três vítimas mais graves deste incêndio.
"O elevador não funcionou como deveria, mesmo sem energia deveria ter ido para o piso zero, mas o meu conselho e dos bombeiros é para que as pessoas não se dirijam aos elevadores nestas situações. Foi uma das situações mais complicadas que tivemos nos últimos tempos. As cheias também estão a criar um excesso de situações que não são habituais, mas esta não tem nada a ver com isso, obviamente. Temos aqui a Polícia Judiciária, vamos saber exatamente o que se passou", explicou.
Ao lado de Moedas, Tiago Lopes, comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, esclareceu que os feridos não sofreram queimaduras, apenas inalação de fumos.
"O incêndio transmitiu-se todo através da conduta. Os procedimentos devem ser fechar as portas e ir para a janela. O maior número de pessoas foi tirado pelas autoescadas. No caso dos elevadores forçamos as portas, tiramos as pessoas, damos oxigénio. O elevador não desceu até ao piso 0", acrescentou Tiago Lopes.