A Autoridade Nacional de Proteção Civil refuta críticas e considera correto o nível de prontidão estabelecido para os meios de socorro depois do aviso vermelho emitido pela meteorologia para a região do Algarve, no último domingo.
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A Asprocivil - Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil acusou a Autoridade Nacional de não ter atuado devidamente.
"Houve uma omissão", disse à TSF o presidente da associação.
Ricardo Ribeiro defende que depois do aviso vermelho de risco extremo, emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Autoridade Nacional de Proteção Civil "não correspondeu com o aumento do nível de alerta, pelo menos para laranja".
"Isto faz com que a estrutura de Proteção Civil não se tenha preparado previamente para um evento que o IPMA tinha identificado".
"A diferença entre estarmos preparados ou sermos apanhados desprevenidos é muita, nomeadamente ao reforço dos meios de resposta", diz o responsável associativo.
Ricardo Ribeiro defende que poderia ter existido reforço de meios, ao nível do pessoal de limpeza das câmaras municipais e dos piquetes de bombeiros.
A resposta da ANPC
Estas as críticas são refutadas por Miguel Cruz, adjunto nacional de operações da ANPC.
"De acordo com a informação disponibilizada, o nível é o azul e portanto não é esse nível que determina maior ou menor dificuldade de resposta dos meios".
Ouvido pela TSF, Miguel Cruz adianta que "o nível estabelece o incremento do estado de prontidão, portanto esse mesmo nível foi adequado para a situação na medida em que os meios de proteção e socorro fizeram o seu trabalho sem qualquer problema".
Considerando que "poderá haver opiniões divergentes", o responsável da Autoridade Nacional garante que "houve uma intervenção pronta e imediata" dos meios.
"Do nosso ponto de vista foi a adequada para a situação em concreto", concluiu o responsável.