No Parlamento, diretora de prisão recusou-se a falar sobre festa entre reclusos
Responsável pela prisão de Paços de Ferreira, onde houve uma festa entre reclusos, escudou-se dos direitos humanos para não abordar o tema.
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A diretora do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, Maria Fernanda Barbora, recusa-se a comentar os incidentes da semana passada na cadeia que dirige, remetendo para a investigação.
Ouvida esta manhã, no Parlamento, pelos deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, numa audição agendada anteriormente à festa de aniversário transmitida em direto através do Facebook, Maria Fernanda Barbosa foi parca em palavras quando interpelada quer pelo presidente quer por deputados da Comissão.
"Em relação à ocorrência, ao incidente, ao evento, à festa está em investigação", afirmou.
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Instada por uma deputada do PSD a responder sobre o episódio registado no estabelecimento prisional que dirige, Maria Fernanda Barbosa escudou-se ainda na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
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"Eu vim cá, e na ordem de trabalho do Parlamento dizia audição da diretora sobre a incidência de queixas recebidas. Eu penso que se fosse para me ouvir no âmbito do que aconteceu me deviam ter dito, porque eu também tenho os meus direitos", realçou a responsável pela prisão de Paços de Ferreira.
Sobre o motivo da audição, sobre queixas de reclusos anteriores a este caso, a diretora do EP de Paços de Ferreira explicou que se trata de um grupo de 27 reclusos que permanecem numa ala chamada "setor de segurança", onde têm condições muito limitadas: só podem frequentar duas horas por dia um espaço aberto, as visitas são feitas através de vidro e só podem ir a um ginásio próprio três de cada vez e mediante autorização, entre outros exemplos.
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