O ministro da Educação revelou na quarta-feira que a nova prova de avaliação de professores será feita, «muito naturalmente», em janeiro.
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Em entrevista à RTP, Nuno Crato garantiu que a segunda chamada não será paga e está dependente da avaliação que o Ministério da Educação ainda vai fazer sobre o número de professores que não fizeram a prova na quarta-feira.
«A segunda chamada será em breve. É tudo o que eu posso dizer. Nós temos de recolher números reais e, em função do número de professores que não fizeram a prova, iremos marcar uma data que deverá ser o mais rápido possível», disse o ministro, acrescentando que «muito naturalmente» será em janeiro.
Questionado sobre a possibilidade de novos boicotes, Nuno Crato lembrou que vai ser tudo regularizado e mostrou-se confiante de que, dentro de alguns anos, este será lembrado como um incidente de percurso.
O ministro afirmou ainda que «o sistema de formação de professores tem, neste momento, várias falhas», entre as quais a preparação dos candidatos à entrada para os cursos de habilitação à docência, que, segundo o responsável pela pasta da Educação, devem, pelo menos, prestar provas a Português e Matemática para poder aspirar a lecionar no Ensino Básico e Secundário.
Também a preparação à saída do curso suscita dúvidas ao ministro, sobretudo se as licenciaturas não forem universitárias.
«As dúvidas são sobre a formação obtida nas Escolas Superiores de Educação», admitiu Nuno Crato na entrevista à RTP, acrescentando depois: «Sempre que se faz um exame está-se a dizer que não se confia».