"Nunca pensámos tocar antes dos Metallica!" Royal Blood, de Worthing para o mundo
As torres batiam as 21h00, hora marcada para o início do concerto dos Royal Blood. Apesar de não se tratarem dos cabeça de cartaz, não foram raros os fãs a deambular pelo Passeio Marítimo de Algés com merchandise do grupo britânico.
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Depois do pôr-do-sol, a área em redor do palco principal do NOS Alive começou a encher, como prometia a lotação esgotada anunciada pela organização para esta sexta-feira, 8 de julho. Os primeiros acordes chegaram com ajuda do vento forte, mas que não amenizou a temperatura, pois continuavam temperaturas acima dos 30 graus.
Nenhum fator externo podia impedir um espetáculo eletrizante que - e não foram poucas as vezes - até fez estremecer o solo. Formados em 2011, na cidade de Worthing, no sul de Inglaterra, os Royal Blood, logo no início do espetáculo, deixaram claro: "antes, nunca pensámos que íamos tocar para tantas pessoas e tocar antes dos Metallica!"
Para homenagear uma das bandas que, provavelmente, serviu de inspiração para a os britânicos, o baterista, Ben Thatcher, vestiu-se a preceito e tocou com uma t-shirt de Lars Ulrich - músico dos Metallica e um dos bateristas mais reconhecidos quando o tema de conversa é Heavy Metal.
Com a voz e um baixo, Mike Kerr conquistou a plateia. No início tímidas, as milhares de pessoas presentes no NOS Alive ganharam confiança à medida que crescia o entusiasmo dos artistas. É caso para dizer que foi "Worthing" esperar pelo concerto dos Royal Blood no festival.
André Agostinho veio do Porto e, apesar de gostar dos cabeça de cartaz desta sexta-feira, tinha uma enorme vontade de ver a banda britânica. À TSF, o jovem confessou: "Esperei imenso por este concerto e adorei, ficava mais horas a ouvir."
Os momentos que marcaram o concerto, segundo André, foram "os solos de guitarra e de bateria" e, quando questionado sobre o que o fez apaixonar pelo grupo de hard rock, diz que foi a "energia incrível" que transmitem, mesmo sendo apenas dois elementos, que "enchem o palco".
O público, esse, "esteve apagado, mas sendo os Royal Blood, conseguiram puxar por todos e penso que acabaram a adorar a banda". "Espero que voltem mais vezes", conclui.
Após o concerto da dupla britânica, o palco ficou à mercê dos Metallica. Para muitos será o ponto alto da noite, mas os Royal Blood não quiseram passar despercebidos perante o público português, que já bem conhecem.