Manuel Caldeira Cabral assumiu a pasta da economia no governo da geringonça, e fala do antes, durante e depois, num livro agora editado.
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Manuel Caldeira Cabral integrou, em 2015, o grupo a quem o PS de António Costa pediu que desenhasse um cenário macroeconómico que servisse de base a uma proposta de políticas económicas que os socialistas apresentassem aos eleitores, nas eleições legislativas desse ano.
A história mostra-nos que os eleitores votaram maioritariamente na proposta da coligação de PSD e CDS, que tinha governado o país nos anos da troika, mas que a falta de maioria parlamentar, levou o PS ao Governo, com a ajuda dos restantes partidos da esquerda.
O balanço da política económica da geringonça está agora em livro, com a assinatura de quem primeiro ocupou a pasta da economia da geringonça, com o título "Construir uma alternativa".
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Numa entrevista à Tarde TSF, Manuel Caldeira Cabral admite que se preocupou menos com o que correu mal, porque esses erros foram corrigidos em andamento.
Destaca os programas de capitalização de empresas, de incentivo ao desenvolvimento de novos e modernos negócios, e até o programa Revive, para conservação do património público degradado.
O antigo ministro relata o processo inédito de elaboração de um cenário macroeconómico pré-eleitoral por um partido político, e a execução das políticas no Governo da geringonça.
Na Tarde TSF, reconheceu que as políticas usadas para o país crescer, depois da crise bancária, podem agora ser as mesmas, para sair da crise pandémica.
Aos que criticam estas políticas, recomenda que apresentem uma alternativa credível.
Sobre um regresso, no futuro, ao desempenho de funções governativas, Manuel Caldeira Cabral não recusa, mas diz que há outras maneiras de participar na vida pública.