Há seis meses, o Ministro Pedro Mota Soares anunciou que as regras para a adoção de crianças iriam ser simplificadas. A TSF foi conhecer o caso de um casal a quem a Segurança Social colocou entraves. O casal fez queixa na Provedoria de Justiça.
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Começaram por ir à Segurança Social, mas a resposta que receberam foi a de que, antes de se candidatarem à adoção precisavam de fazer uma formação especial.
Como conhecem a lei, que nada diz a esse respeito, Manuel (nome fictício) e a mulher fizeram queixa à Provedoria de Justiça que lhes deu razão e enviou uma chamada de atenção aos serviços da Segurança Social.
Uma vez que o parecer da Provedoria não é vinculativo, a Segurança Social continuou a recusar a candidatura. Para não prolongar mais o processo este casal, que prefere manter o anonimato, dispôs-se a frequentar a tal formação que é realizada numa sala com outros casais, o que vai contra o que determina a lei da adoção: inteira confidencialidade dos processos.
Segundo este casal, que espera por uma criança há dois anos, o discurso nestas ações de formação é também muito negativo.
O casal nem sequer pede um bebé. Aceita adotar crianças até aos 6 anos, de qualquer sexo e raça e admite mesmo acolher dois irmãos.
Para estes candidatos a pai e mãe é difícil compreender porque é tão difícil em Portugal adotar crianças que por vezes são maltratadas nas próprias famílias.