Os mais recentes desenvolvimentos do caso do furto de material de guerra dos paióis de Tancos não podiam ter ficado de fora na reunião semanal do Governo Sombra.
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Durante uma conversa telefónica, gravada pela Polícia Judiciária, Vasco Brazão, major da Polícia Judiciária Militar e um dos principais implicados na recuperação do material roubado, terá dito que "o papagaio-mor do reino estava a par de tudo" , tendo a expressão sido entendida pelos investigadores como uma referência ao Presidente da República.
Em declarações à TSF, Sá Fernandes, advogado de Vasco Brazão, veio imediatamente esclarecer que a expressão utilizada pelo major não visava Marcelo Rebelo de Sousa, mas a notícia gerou grande irritação na Presidência, que levantou mesmo a hipótese de tudo isto configurar uma tentativa de levantar uma "cortina de fumo" para desviar a atenção da acusação propriamente dita, que comprometeria o PS a poucos dias das eleições.
Marcelo Rebelo de Sousa veio a público reiterar nunca ter sido informado, por qualquer meio, sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas de Tancos, sublinhando que "é bom que fique claro" que "o Presidente não é criminoso".
Para os ministros-sombra, há alguma plausibilidade nas teoria da "cortina de fumo", mas há outras conclusões a tirar: a primeira é que "o major Vasco Brazão se expressa mal ao telefone", a segunda é que quando as coisas chegam ao ponto de levar um Chefe de Estado a vir afirmar na comunicação social que não é criminoso, "alguma coisa vai mal no país".
A emissão completa do Governo Sombra, para ver e ouvir, sempre, em tsf.pt.