O Centro de Intervenção Cinotécnico da GNR é a casa de 130 cães, cada um com o seu treinador, mais uma equipa de cachorros e mais uma equipa de seniores. A encosta verde inclui zona de banhos, inúmeros campos de treino, clínica veterinária, centro de banhos e tudo aquilo a que um cão de elite tem direito... como música.
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É uma mistura de aldeia com centro de alto rendimento canino. O Tenente André Rosa coordena as equipas. Foi daqui que saíram as seis duplas homem/cão que andaram juntos sobre os escombros em que a sismo transformou vastas áreas da Turquia.
É aqui que estão agora a descansar porque quase tão cansativo como o trabalho de resgate na Turquia têm sido as inúmeras solicitações da comunicação social para entrevistas, reportagens e afins. "Nem sei quantas vezes já contei a história do momento em que resgatámos a criança e o cão...", mas também as chamadas para distinções e honrarias. Ainda esta semana, "acho que na quarta-feira, vamos ser recebidos por Sua Excelência o Senhor Presidente da República", hão-de ir ao Palácio de Belém e, quem sabe, receber condecorações.
Pela manhã, há alguns animais com os respetivos treinadores espalhados pelos campos, mas a maioria ainda estão no seu alojamento privado, com água e luz individual. É aqui que está o Hunter, o cão do tenente André Rosa. "Um já bem grande pastor alemão de apenas 19 meses".
Encosta abaixo, ao ritmo dos latidos, chegamos ao que poderia ser o parque infantil do Centro.
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Não muito longe fica uma área com um amontoado de escombros. Pedras, cimento, ferros retorcidos. Não tão mau como o cenário real com que se depararam na Turquia, mas o suficiente para treinar os animais. Há túneis subterrâneos, é suposto aprenderem a captar e localizar os odores que chegam até à superfície.
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Por enquanto, os heróis descansam. Na próxima semana, cães e guardas, voltam todos aos treinos, porque nunca lhes falta trabalho.