O autor do livro "Salazar e a II Guerra Mundial" contou, na Tarde TSF, alguns dos episódios num país onde a guerra não chegou com bombas.
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Um ano antes do início da II Guerra Mundial, Oliveira Salazar colocava em marcha as grandes comemorações dos oito séculos da fundação de Portugal, e dos 300 anos da restauração da independência.
Quando a guerra chega, o ditador não recua, e adota medidas de proteção económica, antevendo as crises de escassez de bens verificadas na I Guerra Mundial, e manobra a neutralidade no campo da diplomacia.
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A guerra vai passar por Portugal com os espiões, com o minério, e com o mercado negro e o contrabando em franca atividade.
Arnaldo Madureira reproduz, em livro, muita da informação recolhida nos processos que correram nos tribunais militares.
São uma fonte privilegiada de informação sobre a forma com a sociedade funcionava num país quase com leis marciais, mesmo fora da guerra.
Este investigador defende a tese de Salazar como vencedor da guerra, até porque resistiu a alguns tumultos internos, que apontavam para uma possível destituição quando a guerra acabou.