António Mendonça e Francisco Louçã, dois professores de economia, ouvidos pela TSF, falam da dependência da economia mundial, dos paraísos fiscais
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O economista Francisco Louçã, que há muito critica o funcionamento destes paraísos fiscais, lembra que eles estão enraizados na economia mundial.
Nesta conversa com a TSF, o professor de Economia diz que seria fundamental tornar obrigatória a comunicação sobre os movimentos financeiros destas sociedades, onde quer que elas estivessem sediadas.
Só desta forma a utilidade destas empresas de fachada diminuiria.
Por outro lado, a proposta de Joe Biden, já abordada no G7, para uma harmonização fiscal que atinja as multinacionais, é uma ideia que não agrada completamente a Francisco Louçã, que teme que os estados possam perder um mecanismo de competitividade natural.
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Outro professor de Economia, o antigo ministro António Mendonça, disse na TSF que é frontalmente contra os paraísos fiscais.
Apesar de parecer utópico pensar no desaparecimento destes sistemas que contornam os impostos, o também candidato a bastonário da Ordem dos Economistas lembra que outras utopias foram alcançadas.
António Mendonça acredita que a regulação e a harmonização de regras podem ajudar a resolver o problema, mas sublinha a necessidade de serem as instituições europeias a darem passos decisivos para encontrar soluções.
E chama a atenção para o papel que as criptomoedas podem desempenhar em todos, isto se também elas forem esquecidas pelos reguladores.
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