Uma maratona não tem a carga de perigo de um protesto político e social, diz o Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo à TSF.
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O Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) assina por baixo o parecer desfavorável à realização de uma manifestação na ponte 25 de Abril.
Ao contrário de uma maratona, diz o porta-voz do OSCOT, Felipe Pathé Duarte, um protesto é uma iniciativa de caráter político e social, mais permeável a uma situação de descontrolo e, por isso, não é compatível com uma infraestrutura como a ponte 25 de Abril.
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP já fez saber ontem que não entende que sejam diferentes os critérios para uma manifestação ou uma prova desportiva.
A CGTP diz que mantém a intenção de realizar o protesto e que foram invocados «pretextos falsos e mentirosos» no parecer técnico desfavorável do Sistema de Segurança Interna (SSI).
Arménio Carlos, refutou a existência de «questões técnicas de segurança» e considerou que o «problema deixou de ser técnico e passou a ser político», acrescentando que «o que é normal para um corrida [de atletismo] não é para uma manifestação».
O SSI deu um parecer técnico desfavorável à realização, a 19 de outubro, por parte da CGTP, de uma marcha de protesto cujo itinerário inclui a ponte 25 de Abril, invocando diversos riscos de segurança.