Perante o facto de o executivo da Madeira ter sido acusado de ocultar informação sobre as contas públicas, PS, CDU e CDS-PP não pouparam nas críticas à gestão de Alberto João Jardim.
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O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal acusaram, esta sexta-feira, a Administração Regional da Madeira de ter omitido informação relativa às suas contas públicas, que consideram «grave» e da qual não têm conhecimento de casos similares.
«Cada dia que passa começamos a tomar uma consciência clara de que o que se tem passado na governação da Madeira é muito grave. Já não estamos perante um caso de política, mas de polícia», considerou o deputado do PS Carlos Pereira.
O socialista alertou que «sucessivamente vêm aparecendo a público um conjunto de questões que têm vindo a ser escondidas dos madeirenses».
«Se em 2010 estes dados tivessem sido revelados, a Madeira tinha um défice no seu orçamento de quase mil milhões de euros, que e quase 100 por cento do orçamento», frisou.
Já Edgar Silva, coordenador da CDU na Madeira, considerou a situação gravissima, afirmando que só tem servido para alimentar aquilo que considera ser o «clientelismo de Jardim».
«Tão grave quanto os montantes do envididamento é a ocultação da informação», mas mais grave ainda é que «esse enorme montante da dívida tenha estado apenas a servir um objectivo: desafiar as clientelas do jardinismo», afirmou.
Já o deputado regional do CDS José manuel Rodrigues pediu a «demissão imediata» do secretário regional das Finanças e também a presença urgente do presidente do governo no Parlamento para «explicar o que é que se passou com esta ocultação da dívida, que só tem paralelo com aquilo que a Grécia fez no seio da União Europeia».
«Esta ocultação de uma dívida de mil milhões de euros nas contas de 2010 é uma vergonha para a Madeira e também um vexame para o país», comentou.