Instituição da Igreja Católica recusa conclusões de um estudo que fala em corrupção e acusa Opus Dei, Maçonaria e partidos políticos de afetarem a gestão de um dos maiores hospitais do país.
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Um comunicado divulgado esta tarde pelo Opus Dei "desmente categoricamente" um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos que diz que esta instituição católica é um dos grupos de interesses que afeta a gestão do Hospital de Santa Maria.
A investigação "Valores, Qualidade Institucional e Desenvolvimento em Portugal" avaliou o funcionamento de seis entidades (Autoridade Tributária; EDP; ASAE; CTT; Bolsa de Valores; e Santa Maria) e concluiu que, ao nível da corrupção, a situação é particularmente preocupante no hospital público.
O estudo sobre o Santa Maria diz mesmo que "a corrupção de pequena escala permeia a instituição no seu todo", uma realidade que se deve, em grande parte, ao facto de interesses públicos e privados se entrecruzarem dentro do hospital e à presença de forças externas, políticas e até religiosas".
O trabalho cita mesmo influências da Maçonaria, do Opus Dei e dos partidos políticos, numa "proliferação, dentro da organização, de pequenos 'territórios [poderes], criados por diversos grupos de interesses".
Agora, na reação, o Opus Dei desmente estas conclusões que, segundo afirma, "põem em causa a natureza e a finalidade desta instituição da Igreja Católica", pelo que, se nada for feito, pede uma investigação das autoridades às suspeitas levantadas.