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Segundo o sexólogo Serafim Carvalho, foram detectados neste estudo alguns casos de orgasmo feminino precoce que causam muito desconforto.
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Um inquérito conduzido por especialistas do Hospital Magalhães Lemos, do Porto, concluiu que o orgasmo feminino precoce não é um mito e pode ser um problema.
Apesar de admitirem que estas conclusões são polémicas, os investigadores chegaram à conclusão que o orgasmo precoce não afecta apenas aos homens.
Em declarações à TSF, o sexólogo Serafim Carvalho explicou que a pesquisa feita teve como objectivo saber se «esse fenómeno existia e, em segundo lugar, se existia algum grupo de mulheres num nível que causasse algum desconforto à pessoa».
«É a pessoa ter um orgasmo e ter de para e interromper a relação, ficar frustada, chateada, culpabilizada e não querer continuar a ter de parar», explicou.
Das 500 portuguesas que responderam aos inquéritos realizados em 2009, 40 por cento afirmaram ter um orgasmo precoce de vez em quando, situação que é verdadeiro problema para uma pequena parte.
«Tivemos 13,9 por cento de casos em que causava algum desconforto à pessoa esporadicamente e depois tínhamos casos que chamamos efectivos (3,3 por cento) em que a pessoa sentia-se muito desconfortável muito frequentemente», acrescentou.
Este sexólogo, que adiantou que estes casos sempre existiram, tem sido contactado por jornais norte-americanos e ingleses e até da China, onde uma mulher com este problema disse não ser compreendida até à leitura das conclusões deste estudo.
A pesquisa foi premiada no último congresso da Federação Europeia de Sexologia e vai ser publicada brevemente numa revista especializada.