Pandemia fez disparar peso económico das doenças respiratórias para mais de 37 mil milhões
Estima-se que a perda económica total anual em 2019 tenha sido de 1,6 mil milhões de euros para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), de 500 milhões de euros para a asma e de 1,4 mil milhões de euros para as outras doenças respiratórias.
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A Covid-19 agravou o peso económico das doenças respiratórias e em 2020 estimativas apontam para um custo superior a 37 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR).
Segundo o observatório, o peso económico das doenças respiratórias em 2019 representou uma perda de 3,5 mil milhões de euros, um valor que disparou no ano passado para 37,2 mil milhões com o aparecimento da Covid-19.
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, a estimativa da perda económica total anual em 2019 aponta para um valor de 1,6 mil milhões de euros para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), 500 milhões de euros para a asma e 1,4 mil milhões de euros para as outras doenças respiratórias.
O ONDR e explica que, do ponto de vista económico, o peso das doenças respiratórias "resulta da soma dos custos diretos relacionados com a utilização dos serviços de saúde, com os custos indiretos relacionados com as perdas de produção em resultado da doença, e com o valor económico perdido com a redução da qualidade e anos de vida sofrida pelos doentes".
Lembra ainda que as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível mundial e em Portugal e insiste que, embora a grande maioria seja prevenível ou tratável com intervenções economicamente acessíveis, "não se tem assistido a uma redução da sua prevalência".