"Pandemia trouxe um acréscimo do desafio." Ordem dos Psicólogos reforça informação sobre bullying
À TSF, Tiago Pereira, da Ordem dos Psicólogos, destaca o aumento dos casos de cyberbullying após a pandemia causada pela Covid-19.
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A Ordem dos Psicólogos destacou, esta quinta-feira, a importância da consciencialização para o problema do bullying, no Dia Mundial de Combate a esta prática.
Em declarações à TSF, Tiago Pereira, afirmou que o facto de as pessoas estarem mais bem informadas sobre esta questão pode ter levado um aumento das denúncias. "Felizmente, com uma crescente não-complacência com a sociedade e com a escola relativamente a este tema, terá tido algum efeito no aumento das denúncias destas situações", fundamenta.
Apesar de considerar difícil perceber se "o fenómeno está a crescer ou a diminuir", mas, por exemplo "o cyberbullying está a aumentar e tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e a pandemia também trouxe um acréscimo de desafio".
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A Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou um documento com informação sobre bullying, por ocasião do Dia Mundial de Combate a esta prática, que se assinala esta quinta-feira.
Com a iniciativa, os psicólogos pretendem explicar que 'bullying' é "qualquer comportamento, exercido por um indivíduo ou grupo, com intenção de controlar, prejudicar ou magoar alguém, física ou psicologicamente".
Distingue-se de outras discussões, desentendimentos, atos isolados de agressão/desrespeito/intimidação ou outros conflitos entre pares pela intencionalidade, pela repetição e pelo desequilíbrio de poder ou de força.
O bullying pode ser, físico, verbal ou sócio-emocional e vai desde a agressão física à difamação.
A Ordem dos Psicólogos apresentou, em comunicado, dados de 2017 que colocavam Portugal em 15.º lugar numa lista de países mais atingidos por esta prática na Europa e na América do Norte, à frente dos Estados Unidos.
De acordo com a mesma fonte, 31% a 40% dos adolescentes portugueses com idades entre os 11 os 15 anos "confirma ter sido intimidado na escola uma vez em menos de dois meses".