O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou que a greve geral de hoje foi um «alerta vermelho» ao Governo, que a central sindical considera que deve mudar.
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«É um alerta vermelho. A dimensão da greve em termos nacionais foi uma das maiores realizadas em Portugal», disse Arménio Carlos, em conferência de imprensa, na sede da CGTP, em Lisboa, quando questionado sobre que mensagem passa desta paralisação para o executivo liderado por Passos Coelho.
Sem avançar números de adesão, o dirigente sindical disse que a paralisação foi sentida na administração central e local, nas empresas públicas de transportes e ainda no setor privado.
Para Arménio Carlos, a adesão à greve mostra de que há «sinais inequívocos [em Portugal] de que as coisas vão mudar» e defendeu uma «mudança de Governo».
O dirigente sindical disse que, depois desta greve, a CGTP irá estudar novas formas de luta, sendo que já a 27 de novembro vai haver uma concentração frente ao parlamento, no dia em que é feita a votação final do Orçamento do Estado para 2013.
Sobre se é possível encontrar a CGTP e UGT unidas em novos protestos (depois de a central sindical liderada por João Proença não ter aderido a esta greve), Arménio Carlos lembrou que trabalhadores e sindicatos filiados na UGT juntaram-se ao protesto de hoje e não negou futuros entendimentos.
«Daqui para a frente temos toda a disponibilidade e abertura para realizar ações em conjunto com outras organizações sindicais», afirmou.
O Conselho Nacional da CGTP reúne-se a 22 de novembro para fazer o balanço desta greve geral.