O líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, disse hoje, na Guarda, que os políticos em Portugal não são todos iguais, dizendo que não se pode hesitar e «andar para trás» à primeira dificuldade.
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«Nós só alcançamos na vida, com esforço, aquilo que sonhámos e porque nos batemos, se à primeira dificuldade, com medo de perder as eleições, de desagradar seja a quem for, começamos a hesitar, a andar para trás. Então, nesse dia, os portugueses têm razão para pensar que somos todos iguais [os políticos]», afirmou, na sessão de encerramento da Academia do Poder Local, na Guarda.
«Hoje, eu acho que vale a pena dizer, que não somos todos iguais. Temos feito muito por essa diferença, e se hoje podemos olhar para o futuro com mais esperança, isso também se deve ao facto de termos tido uma estratégia de a termos prosseguido com determinação, sabendo onde queríamos chegar», afirmou Pedro Passos Coelho.
Nesta intervenção, o primeiro-ministro reconheceu ainda que a riqueza do país continua concentrada em poucos mas não se pode redistribuir criando dívidas, como aconteceu no passado. Ainda assim, Passos Coelho constata que a economia para crescer precisa de financiamento mas isso deve ser conseguido com mérito e não com favor.
Passos Coelho aproveitou a Academia do Poder Local para reafirmar a social-democracia, lembrar que os sacrifícios valeram a pena e que o país está no bom caminho, prescindindo de ilusões e apostando na verdade e no mérito.