Passos Coelho promete para mais tarde a leitura política dos resultados das eleições. Mas a vitória do PS não é «tão grande» como foi anunciada. Também Paulo Portas recusou qualquer «triunfalismo» na vitória socialista.
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«Ficámos aquém das expetativas», disse Passos Coelho, para quem os que defendiam que estas eleições seriam um plebiscito ao Governo se enganaram.
«A seu tempo cada partido fará a leitura» dos resultados, acrescentou o lider do PSD, que prometeu continuar a trabalhar como chefe do Governo.
«Não foi uma vitória [do PS] tão grande como se prognosticou nem a vitória do PS foi tão expressiva como foi anunciado».
Em resposta aos jornalistas, Passos Coelho desvalorizou ainda o anúncio de que o PCP vai apresentar uma moção de censura ao Governo, considerando que «é uma prática que se vem banalizando» e salientando que PSD e CDS-PP têm maioria absoluta no parlamento: «Cá aguardaremos pela dita moção de censura».
Por seu turno, o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, recusou qualquer «triunfalismo» na vitória do PS e argumentou que a expressão da abstenção não permite dizer que houve «um voto a pedir eleições antecipadas».
«Eu não creio que, numas eleições em que dois terços dos portugueses ficaram em casa, se possa dizer que há aqui um voto a pedir eleições antecipadas. Há muitos sinais de preocupação que devem ser lidos pelos agentes políticos, agora, é muito difícil poder dizer que com dois terços dos portugueses em casa há aqui uma vontade de derrubar o Governo, fosse ele qual fosse», declarou.