O presidente do PSD afirmou que só irá para o Executivo se vencer as eleições e concordou com José Sócrates ao dizer que quem ganha as eleições é que deve governar.
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Depois de segunda-feira José Sócrates ter lembrado que é tradição em Portugal que quem ganha as eleições é que vai para o Governo, esta teça-feira, depois do debate na TVI com Francisco Louçã, Passos Coelho alinhou pela mesma nota.
«Seria muito estranho que um partido ganhasse as eleições e não constituísse o Governo, essa é a regra da democracia», afirmou, sublinhando que Portugal precisa «de um governo com maioria».
O líder do PSD repetiu que não vai coligar-se «com o partido que conduziu Portugal à beira do precipício».
No debate na TVI, o presidente do PSD reafirmou que, caso seja eleito, irá tentar renegociar a taxa de juro, mas sublinhou que primeiro é preciso recuperar a credibilidade do país perante entidades estrangeiras.
Passos Coelho comprometeu-se a «lançar bases para um orçamento de base zero». Isto «significa que todos os anos elegemos uma ou duas rubricas muito importantes relativamente às quais se faz um levantamento de toda a situação de modo a justificar a razão de ser das despesas», explicou.
No dia em que a CGD anunciou que vai seguir o exemplo do BES e utilizar o mecanismo da garantia do Estado, Francisco Louçã defendeu que os bancos devem «usar os dividendos em recapitalização, devem ser obrigados ao crédito à economia e ao investimento e, sobretudo, devem mudar o seu padrão de comportamento».
O bloquista acrescentou que o problema dos bancos não foi emprestar ao Estado, mas o que os bancos emprestaram durante os últimos dez anos.