Em reacção à descida da classificação da dívida lusa, o primeiro-ministro defende que «o que este Governo tem para fazer é independente do que as agências de rating vierem a dizer».
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«Por maior que seja o risco envolvente que as agências de rating ponderem, a verdade é que a transformação que o país precisa de fazer para poder diminuir a sua despesa até um ponto em que os portugueses a possam pagar, colocar maior concorrência nas empresas, ter um sistema financeiro mais robusto, que possa fazer chegar o crédito às empresas e às famílias, tudo isso são transformações que nós precisamos de fazer qualquer que seja o ambiente externo», afirmou Passos Coelho, em Tomar, onde participa na tradicional Festa dos Tabuleiros.
Comentando as críticas à agência de notação financeira Moody's, o chefe do Governo declarou: «o que sabemos é que se o ambiente externo for demasiado arriscado ou negativo esse trabalho é um trabalho mais difícil para nós».
Para o primeiro-ministro, se o Governo não estivesse a fazer o seu trabalho «bem feito», não teria da parte do presidente do BCE, dos ministros das Finanças de outros países europeus e do próprio FMI a reacção que ocorreu.
À pergunta se o mal já estava feito, pelo facto de a agência Moody's ter descido a classificação da dívida portuguesa para o nível de lixo, o chefe do Executivo respondeu: «nós temos que andar para a frente, não gosto de ficar a olhar para trás».
«O que o país tem de fazer é mobilizar-se ainda mais para conseguir mostrar que somos capazes de fazer aquilo que prometemos fazer. Isso é o que é indispensável e é o que os portugueses esperam de nós», acrescentou.