Passos: É preciso «reparar algumas distorções» causadas pelo programa da troika

Pedro Passos Coelho
Global Imagens
O Primeiro-ministro considerou hoje que não deve ser colocado em causa o trabalho realizado até ao momento, mas deve ser corrigidas «algumas distorções» e voltou a apelar a um consenso no pós-troika.
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«Este tempo não é um tempo para desistência nem é um tempo para pessimismo», mas sim, um «momento essencial para dizer presente e para trazermos os nossos valores para essa caminhada que vamos ter de fazer» afirmou Passos Coelho que esteve hoje nas Caldas da Rainha na cerimónia que marca o arranque das comemorações do 40º aniversário do PSD e do 25 de Abril.
O primeiro-ministro admitiu ainda que o Governo tem consciência de que é necessário «reparar algumas distorções que o programa de assistência económica e financeira provocou».
«Precisamos, seja do ponto de vista dos salários ou do ponto de vista dos impostos, de pensar nos próximos anos de forma diferente daquilo que tivemos de fazer estes anos. Isso não significa regressar ao passado, não é possível nem desejável, mas há distorções que vamos ter de corrigir», adisse.
«E temos de fazer isto com os pés assentes na terra, discutindo as realidades e vendo como é que agora conseguiremos uma economia mais próspera. É assim que as outras nações fazem é assim que vamos ter de fazer também», continuou.
O líder do PSD voltou também a apelar ao consenso: «Precisaremos de tomar muitas decisões que têm implicações para além deste Governo e portanto é natural que procuraremos obter pontos de convergência com outras forças politicas a pensar nesse futuro. Espero que a resposta dessas forças políticas seja favorável. Se não tivermos esse acordo teremos de prosseguir, mas a nossa vontade é que as decisões possam representar um consenso o mais alargado possível», explicou.
Passos Coelho avisou ainda que «iremos muito em breve conversar, nomeadamente com o PS, sobre essas decisões».