
Pedro Passos Coelho
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O primeiro-ministro diz que as avaliações periódicas da troika não são a altura certa para discussões de índole política, mas garante que essa avaliação também é feita.
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É a resposta de Pedro Passos Coelho depois de o secretário-geral do PS, António José Seguro, ter escrito uma carta à troika, com uma cópia enviada ao primeiro-ministro, em que afirma que é preciso fazer avaliação política ao processo de ajustamento.
Pedro Passos Coelho diz que o Governo não tem descurado as conversas de teor político com os credores internacionais, é um diálogo que existe, mas que não tem lugar no âmbito das avaliações periódicas da execução do programa de ajustamento.
«Esses contactos políticos existem e essa avaliação política também se faz. Não se faz a cada três meses, mas também se faz», referiu Passos coelho, sublinhando que «as nossas avaliações com a troika são realizadas trimestralmente nos moldes que são normais e que sucedem também na Irlanda e na Grécia».
«Isso não nos impede de ter avaliações de natureza política mais relevante que são aquelas que têm lugar no Conselho de Ministros das Finanças em Bruxelas, bem como no Conselho Europeu e nas oportunidades que são procuradas com frequência por parte do governo português, nomeadamente de mim próprio, quer com o presidente do Banco Central Europeu, quer com o presidente da Comissão Europeia, quer algumas vezes também com a presidente do Fundo Monetário Internacional», esclareceu o primeiro-ministro esta manhã, em Aveiro, onde participa na conferência "Estratégia europeia de responsabilidade social".
É a reação do primeiro-ministro ao pedido que António José Seguro endereça hoje por carta a Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, diretora geral do FMI, e Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.
No texto, o líder socialista concretiza um pedido já anunciado: pretende que a sétima avaliação seja feita por responsáveis políticos com capacidade de decisão e não por técnicos.