O PM diz que este Governo está legitimado para levar em frente a reforma do Estado sem a necessidade de novas eleições para sufragar as medidas que estão a ser analisadas.
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Pedro Passos Coelho respondia, assim, aos pedidos de demissão que, nas últimas horas, têm sido feitos pela oposição, como, por exemplo, o PS.
No final de um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, o primeiro-ministro disse que este não é apenas um Governo para cumprir o que foi acordado com a troika.
De acordo com Passos Coelho, este é um Governo que está mandatado para cumprir quatro anos de funções sem quaisquer dúvidas.
O chefe do Governo sublinhou que o Executivo está legitimado não apenas para as medidas de exceção, mas sim para todas aquelas que o país sentir necessidade.
«O Governo está legitimado para governar. O Governo está mandatado pelo povo português para cumprir o seu mandato de quatro anos. O Governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a troika; foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa e de acordo com as necessidades que o país tem», realçou.
«O Governo tem toda a legitimidade para tomar todas as medidas que forem necessárias para preparar o futuro do país», acrescentou.
Sobre a análise do relatório do FMI, Passos Coelho não quis entrar em detalhe, afirmando que subscreve totalmente o que foi referido pelo secretário de estado Carlos Moedas.
No entender do PM, o relatório do FMI sobre cortes na despesa «está muito bem feito», mas - sublinhou - não é «a Bíblia do Governo».