Pedro Passos Coelho diz que o país não pode repetir o erros do passado e que o investimento não pode significar um desvio dos compromissos orçamentais. O primeiro-ministro esteve na sessão de encerramento da conferência "Crescer? Sim, claro. Mas como?", organizada pela SIC e pela CGD, onde deixou críticas aos modelos de crescimento que têm sido seguidos.
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Pedro Passos coelho não respondeu ao desafio da conferência com propostas concretas. À pergunta: "como crescer?", o primeiro-ministro preferiu indicar o caminho. Passos não quer ver repetidos erros do passado, como o que entende ter sido o investimento público cego e os maus negócios no âmbito das parcerias público privadas.
Menos ideologia, mais debate na sociedade civil, e mais coerência das políticas públicas é o que defende o primeiro-ministro. Passos Coelho sublinha também que não quer passos atrás e, por isso, afirma que mais crescimento económico não pode ser sinónimo de menor disciplina orçamental.
Uma estratégia que, defende, não pode ser baseada em esquerda ou direita mas em disciplina e espírito reformista.
Nesta conferência, o primeiro-ministro defendeu também «uma legislação mais ambiciosa e mais abrangente para a governança das empresas», que torne mais clara a distinção entre responsabilidades de administradores e acionistas e evite situações como a da PT.
«Se queremos aprender com o que se passou na PT, é para aqui que temos de olhar. O que se passou não devia ter acontecido. Cabe agora prevenir melhor para que não volte a repetir-se», afirmou.