O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que a coligação governativa com o PSD será a primeira a terminar o mandato em 40 anos de democracia, admitindo que possa não ser a última a consegui-lo.
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«Dizem que nenhuma coligação terminou o seu mandato em quarenta anos de democracia. Algo me diz que seremos os primeiros a fazê-lo e a partir daí não seremos os últimos a fazê-lo», afirmou.
Discursando na sessão de encerramento do XXV Congresso do CDS-PP, o líder reeleito dirigiu as primeiras palavras ao presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que preside à delegação social-democrata na reunião magna dos centristas.
Paulo Portas considerou que «a vantagem das coligações é a pluralidade» e, por isso, indicou, é que os países mais fortes da Europa são governados há décadas em coligação.
Sobre o estado da coligação governativa com o PSD, Portas afirmou: «Os nossos países não são iguais nem são sósias mas sabem estar juntos por um bem comum maior que se chama Portugal».
Ainda dirigindo-se ao primeiro-ministro, Paulo Portas destacou o significado do dia 17 de maio para o país, afirmando que Portugal «não merece o azar» de um segundo resgate e merece sair do programa de ajustamento «com dignidade».
«A Europa precisa de um caso bem-sucedido a sul», afirmou, considerando que em maio de 2014 o que se vai discutir «são as semelhanças e especificidades entre a Irlanda e Portugal».
«Estamos no radar dos países com solução», afirmou Paulo Portas, destacando que, no final do programa de assistência financeira, o país vai poder escolher os meios e as políticas para atingir os objetivos e recuperar a soberania.