João Semedo, coordenador do Bloco de Esquerda, diz não acredita nas promessas de estabilidade e que o «executivo recauchutado» vai manter a política seguida até aqui.
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O coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, considerou que a «recauchutagem» do Governo hoje anunciada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, é uma «OPA hostil» do líder do CDS-PP, Paulo Portas, sobre a coligação.
«Acabamos de assistir a um Pedro Passos Coelho resignado perante a OPA hostil [oferta pública de aquisição] que Paulo Portas lançou sobre a coligação», afirmou o responsável bloquista, depois de o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ter anunciado o novo entendimento político de Governo com o CDS-PP, que passa pela escolha de Paulo Portas para vice-primeiro-ministro.
Para João Semedo, o «executivo recauchutado» anunciado por Passos Coelho vai «continuar com a política até aqui seguida: mais austeridade e mais uma vez resignação perante a divida, perante o memorando e perante a troika».
«Este Governo vai continuar a criar no país uma grande crise social e política e uma grande instabilidade social, tal como aquela que esta crise [política] revelou com toda a intensidade», afirmou.