PCP defende "medidas e caminhos" para responder às necessidades dos professores
Presente na manifestação dos professores no Marquês de Pombal, Paulo Raimundo diz que o Governo tem de "reconhecer" as reivindicações dos docentes e "abrir caminhos" para responder às necessidades do setor.
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Milhares de professores começam a juntar-se no Marquês de Pombal, em Lisboa, para a manifestação nacional, que vai terminar no Terreiro do Paço. A marcar presença está também o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que considera que é necessário "reconhecer as reivindicações" dos docentes, entre elas a progressão na carreira.
"É preciso encontrar medidas e caminhos. O Governo tem obrigação de abrir esses caminhos", afirmou Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas, no Marquês de Pombal.
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"Olhando para o caminho desenvolvido nos últimos anos, esse caminho não corresponde às necessidades dos professores nem da escola pública", defende, sublinhando que é necessário "ter-se em conta as reivindicações e encontrar caminhos para a sua resolução".
Paulo Raimundo garante que "o PCP tem insistido com o Governo e vai continuar a fazê-lo". "O Governo não pode ficar indiferente ao que está a acontecer aqui hoje."
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"Perante uma situação em que um conjunto de setores da administração pública está a ser afetado, é natural que se solidarizem uns com os outros", diz, referindo-se aos militares e polícias que também vão participar nesta manifestação.
Ao som de apitos e bombos, e acompanhados por um grande dispositivo policial, os manifestantes que começaram a descer a Avenida da Liberdade por volta das 15h20, empunhando faixas, bandeiras e t-shirts que servem de tela para as suas reivindicações.
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A manifestação nacional, em Lisboa, é convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), mas conta também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE) e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que ainda tem uma greve a decorrer nas escolas, não faz parte dos organizadores, mas já anunciou que vai estar presente.
As duas últimas grandes manifestações em Lisboa aconteceram em janeiro e foram organizadas pelo STOP, levando milhares de docentes para as ruas gritar por "Respeito" e "Melhores Condições de Trabalho".
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.
A plataforma sindical que organizou o protesto de hoje prometeu que no final da manifestação serão apresentadas futuras ações de protesto.