"Reivindicações são transversais." Militares e polícias vão participar na manifestação dos professores
A Associação dos Oficiais das Forças Armadas e a Associação Sindical Profissionais da Polícia vão marcar presença na manifestação deste sábado dos professores em Lisboa.
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A Associação de Oficiais das Forças Armadas vai marcar presença esta tarde na manifestação nacional de professores num gesto simbólico de "apoio à comunidade educativa."
"Só podíamos estar ali presentes. A escola pública é um bem constitucionalmente protegido. A escola pública universal com qualidade, com futuro e tendencialmente gratuita em todos os níveis de aprendizagem, é um bem de todos os portugueses e os militares são os guardiões da Constituição", justifica à TSF o presidente daquela associação, António Mota. "Quando a escola pública como bem está realmente numa situação muito degradada, nós só podemos estar do lado de todas as reivindicações dos professores", afirma.
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António Mota lembra que os militares fazem a guerra, mas preservam sobretudo "a paz". "Queremos colaborar na implementação da paz social em Portugal. Portugal está numa situação extremamente degradada em termos de paz social. Isto não deve ser cada um por si, portanto, os militares entendem que devem estar ao lado dos professores que estão há praticamente dois meses em luta", sublinha.
Tal como os professores, os militares "têm um conjunto de problemas, de reivindicações que são transversais aos professores", afirma António Mota, detalhando as "regras completamente degradadas, remunerações baixíssimas, sistemas de avaliação desadequados".
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas explica ainda que a presença ao lado dos professores na manifestação deste sábado mostra "um sinal importante". "Somos um pilar da soberania nacional, temos a noção da relevância que efetivamente temos."
PSP também presente na grande manifestação
Além dos representantes dos militares, também a PSP estará ao lado dos professores. O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz à TSF que os polícias "estão solidários" com a causa dos professores. São "reivindicações justas" onde estão identificadas várias "matérias" que também afetam os polícias, refere Paulo Santos.
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"Queremos dar um sinal claro ao Governo, neste caso concreto, que as políticas que tem implementado para a área da administração pública concretamente em setores de carreiras especiais, dos militares, professores, enfermeiros e os próprios polícias, têm sido políticas nefastas para as próprias instituições e muito para os profissionais", sublinha Paulo Santos.