
Global Imagens/Júlio Lobo Pimental
Os dirigentes de PCP e BE convergiram nas críticas à participação do PS nas negociações de entendimento com a maioria governamental, mas recusaram uma eventual coligação.
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«A convergência de que falamos é uma convergência política. Cada partido tem o seu espaço de intervenção, ação e mobilização. Com essa quota de responsabilidade, vamos voltar-nos a encontrar no futuro para essa convergência e materializá-la. Cada partido agirá por si porque convergência não significa coligação», disse o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, numa visita inédita à sede bloquista.
A coordenadora do BE Catarina Martins sublinhou tratarem-se de «partidos diferentes que têm identidades próprias, públicas e reconhecidas», embora concordando na urgência da demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições legislativas antecipadas.
«É um caminho que não tem a ver com taticismos partidários, com combinações de coligações ou lugares em listas ou onde for. É um caminho que tem a ver com a responsabilidade de construir, com base no conhecimento e na convicção, uma alternativa para o nosso país, que está a viver um momento único da sua dificuldade e exige também aos partidos que saibam responder como nunca responderam», afirmou.