O PCP entrega, esta segunda-feira, no Parlamento, seis diplomas e desafia o PS a resolver problemas, como a falta de professores e educadores e a precariedade em que vivem muitos docentes.
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Na véspera do Dia Mundial do Professor, assinalado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) com uma manifestação, na terça-feira, frente ao Ministério da Educação, a bancada do PCP avança, no Parlamento, com seis projetos-lei para confrontar o Governo do PS "com problemas que se arrastam", como a precariedade e as dificuldades que resultam da colocação, muitas vezes, longe dos locais de residência dos docentes.
Em declarações à TSF, a deputada Ana Mesquita alerta para os cerca de "100 mil alunos" que continuam sem professor a algumas disciplinas e para a precariedade que enfrentam, há décadas, muitos professores.
O PCP propõe, por isso, a vinculação extraordinária de todos os professores com cinco ou mais anos de serviço até 2023.
"Este ano, os professores que ingressaram no quadro tinham em média 16,2 anos de serviço. São 16 anos de trabalho precário. Professores que vão com a casa às costas para vários pontos do país e para quem sairia mais caro trabalhar, porque teriam de pagar para trabalhar" lembra a deputada, propondo que existam apoios para as despesas com alojamento e deslocação destes docentes.
O PCP propõe também a abertura de um concurso interno extraordinário para garantir que no processo da mobilidade interna contam todos os horários, incluindo os incompletos. Esta foi uma medida que, no ano passado, o Parlamento forçou o Governo a tomar, sendo que, este ano, só contam, outra vez, os horários completos.
Ana Mesquita espera que volte a existir uma maioria para aprovar a medida: "Se foi possível na questão da mobilidade interna, já uma vez, temos expectativa que possam existir outros projetos em que isso se possa verificar", responde a deputada, quando questionada sobre uma eventual aliança entre os partidos que isole o PS.
Os seis diplomas do PCP entram esta segunda-feira no Parlamento, ainda sem data marcada para o debate.