Pedro Nuno foi "substituído por incompetência" como ministro e "não serve" para primeiro-ministro
Nuno Melo defende que não faz sentido que Pedro Nuno Santos ascenda ao cargo de primeiro-ministro depois de ter sido substituído no Governo de Costa.
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O presidente do CDS, Nuno Melo, considera que Pedro Nuno Santos não serve para primeiro-ministro e, na assinatura do acordo da nova Aliança Democrática, deixou ainda outras críticas ao novo secretário-geral do PS.
"Pergunto-me se faz algum sentido que alguém que foi substituído por incompetência e que o próprio primeiro-ministro não quis que continuasse como ministro, agora ascenda ao cargo de primeiro-ministro de Portugal. Para mim não faz porque se não serviu para o primeiro-ministro do Partido Socialista, servirá agora para o país inteiro porquê? Naturalmente que não serve", defendeu Nuno Melo.
O líder do CDS afirmou também que "todos atacam a AD", desde a extrema-esquerda ao populismo radical, porque a Aliança Democrática nunca perdeu uma eleição.
"Não há-de ser agora, meu caro Luís Montenegro. Estamos aqui para vencer as eleições e eu acredito profundamente que vamos vencer as eleições. Mais do que isso, nós sabemos que é muito importante que AD vença as eleições porque queremos um país muito melhor para os nossos filhos, para os nossos pais, para os portugueses todos e por isso lhes digo, meus queridos amigos, viva a AD", acrescentou o líder centrista.
PSD, CDS-PP e PPM assinaram este domingo o acordo de coligação Aliança Democrática (AD) perante uma sala lotada na Alfândega do Porto e com Portugal como palavra de fundo.
O acordo, assinado pelos presidentes do PSD, Luís Montenegro, do CDS-PP, Nuno Melo, e do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, aponta como prioridades da AD alcançar níveis elevados de crescimento, reforçar rendimentos e salvar e reabilitar o Estado Social do definhamento em curso.
Na sala, completamente lotada e com muitas pessoas de pé e à porta que não conseguiram entrar, destaque para a presença de alguns notáveis como, por exemplo, dos ex-ministros Leonor Beleza e José Pedro Aguiar-Branco e o presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira.
O acordo de coligação prevê que o programa eleitoral da Aliança Democrática - que promete uma campanha "pela positiva" - tenha contributos dos três partidos e de personalidades independentes e, sobre lugares, refere apenas que as listas para as legislativas e europeias "serão baseadas na ponderação global dos resultados que os três partidos obtiveram" em anteriores sufrágios, cumprindo a lei da paridade e incluindo independentes.