Os três partidos já assinaram o acordo da coligação Aliança Democrática.
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O PSD, CDS e o PPM assinaram, este domingo, o acordo da coligação Aliança Democrática para irem juntos às próximas eleições legislativas. O documento foi assinado por Luís Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira, os líderes dos três partidos da coligação.
Após a assinatura do acordo, o primeiro a falar foi o ex-bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães, que afirmou que "se o Serviço Nacional de Saúde fosse uma empresa privada já tinha falido".
"A Justiça está como está, a economia está como está, a educação tem imensos problemas, mas hoje estou aqui para vos falar sobre o calcanhar de aquiles: a Saúde. É uma área de intervenção social muito importante para todos os portugueses. Se o PS criou o Serviço Nacional de Saúde, neste momento está a destruí-lo. O SNS está a enfraquecer a cada ano que passa, o acesso a cuidados de saúde é incerto e tardio e, por isso, as pessoas recorrem mais aos serviços de urgências, que são a ponta do iceberg. Temos problemas em dar alta aos doentes nos hospitais, problemas em oferecer cuidados paliativos porque não chegam a mais de 25% das pessoas que têm necessidade deles, temos problemas na integração de cuidados de saúde. Uma falta de organização e planeamento que é muito importante", afirmou Miguel Guimarães.
Para o antigo bastonário, a Aliança Democrática "tem todas as condições para poder governar Portugal" e fazer "mais e melhor".
"São quase nove anos do Governo socialista em que os aspetos negativos suplantam os poucos aspetos positivos e todos os portugueses sabem disso. Entre impostos diretos e indiretos estamos completamente amaçados, o poder de compra diminuiu, há uma destruição da classe média e as empresas não têm tido o apoio fundamental para que o nosso PIB possa crescer mais", defendeu o ex-bastonário da Ordem dos Médicos.
Na sala, completamente lotada e com muitas pessoas de pé e à porta que não conseguiram entrar, destaque para a presença de alguns notáveis como, por exemplo, dos ex-ministros Leonor Beleza e José Pedro Aguiar-Branco e o presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira.
No texto, reitera-se que este acordo de coligação entre os três partidos incluirá as legislativas de 10 de março e as eleições europeias de 09 de junho, uma aliança "com o propósito de oferecer a Portugal a mudança política necessária e um Governo ambicioso, reformista, moderado estável e maioritário".
O acordo de coligação prevê que o programa eleitoral da Aliança Democrática - que promete uma campanha "pela positiva" - tenha contributos dos três partidos e de personalidades independentes e, sobre lugares, refere apenas que as listas para as legislativas e europeias "serão baseadas na ponderação global dos resultados que os três partidos obtiveram" em anteriores sufrágios, cumprindo a lei da paridade e incluindo independentes.