Secretário-geral da UGT, que tem trocado palavras duras com o PS, tem expetativa "não muito elevada" para reunião com as ministras do Trabalho e da Administração Pública.
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Carlos Silva não espera muito da reunião desta quarta-feira com as ministras do Trabalho e da Administração pública.
O secretário-geral da UGT afirma que tem uma expetativa "não muito elevada" acrescentando que "não vale a pena estar com rodeios: é perceber o que o governo pode transmitir ao movimento sindical que atenue a nossa insatisfação".
O encontro, que acontece a convite do executivo, acontece após semanas de tomadas de posição crispadas entre o líder sindical e o PS após Carlos Silva declarar no Observador que não saía da UGT "sem dar um murro na mesa".
Carlos Silva explica que para o encontro com Ana Mendes Godinho e Alexandra Leitão, "a expetativa vem ou no sentido de um compromisso a médio prazo, ainda no ano de 2020".
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O secretário-geral da UGT afirma que "não nos passa pela cabeça que não haja aumentos salariais acima dos 0,3% prometidos para a administração pública. E no setor do trabalho no sentido lato, queremos perceber qual é o objetivo da ministra do Trabalho Ana Mendes Godinho em valorizar ou não valorizar a concertação social".
O secretário-geral da UGT entende que "se nos chamam na véspera da votação final global do Orçamento do Estado, mesmo que não seja para nos dar nada, pelo menos uma coisa levo como expetativa: não nos deem más notícias.
Reunião com António Costa? "Queremos respeito"
Carlos Silva queixa-se de ainda não ter sido recebido pelo primeiro-ministro (que já reuniu com a CGTP) e insiste no encontro: "a nossa expetativa é que o senhor primeiro-ministro nos trate de forma imparcial, tal e qual como fez com a outra central sindical que recebeu há poucos dias, e como deve tratar qualquer parceiro social".
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O secretário-geral insiste que a UGT "não quer privilégio no tratamento, quer apenas respeito e dignidade enquanto parceiro social que merece ser recebido pelo primeiro-ministro, ao mais alto nível institucional".