"Pico foi ultrapassado." Intempérie "difícil" em Lisboa, mas sem "comparação com o ano passado"
Carlos Moedas referiu que estrada da Pimenteira está cortada, mas tencionam abri-la "o mais depressa possível".
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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, avançou que até ao início da tarde se registaram, em Lisboa, 210 ocorrências e dessas já só estão 70 ativas.
"Houve zero vítimas, zero desalojados. Um serviço de preparação muito bem feito pela câmara. Limpeza das sarjetas, preparação nos sítios onde temos árvores. Agradeço a todos os que trabalharam aqui estas horas, muitos não dormiram esta noite, mas conseguimos ter uma preparação diferente das outras vezes", revelou Moedas aos jornalistas.
O autarca diz que foi um "evento difícil", mas "não teve comparação" com o que aconteceu no ano passado.
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"Penso que neste momento o pico da chuva e do vento para hoje já foi ultrapassado. Estamos a regularizar a situação. Tivemos uma situação em Chelas, duas pessoas que ajudámos a sair de um carro. Alguns alunos com mobilidade reduzida nos Olivais que ajudámos, mas não houve nenhuma situação de grande relevo. Felizmente não há vítimas", contou o presidente da Câmara de Lisboa.
Estrada da Pimenteira cortada e circulação na Rua da Cidade do Porto condicionada
Moedas revelou também que a estrada da Pimenteira está cortada, mas tencionam abri-la "o mais depressa possível".
"Temos também uma situação na Rua da Cidade do Porto, ao lado do nosso aeroporto, que também está condicionada. A Segunda Circular também esteve condicionada na rotunda do relógio, mas neste momento já está funcional. Agora vai tudo começar a funcionar dentro da normalidade. O centro de operações continua ativo pelo menos hoje. Pode ainda haver mais chuva, mas este centro de operações está sempre preparado para ter toda a gente em ação", referiu.
O autarca sublinhou que quer "dar muita tranquilidade aos lisboetas".
Fenómenos extremos. "Teremos sempre problemas porque a solução é o túnel de drenagem"
Carlos Moedas reconheceu que a cidade terá "sempre problemas" perante fenómenos meteorológicos extremos enquanto o túnel de drenagem não estiver terminado, mas orgulha-se de o projeto já estar em andamento.
"Isso é a grande solução para a cidade, tal como o túnel de Chelas-Beato. Mesmo nesta situação conseguimos fazer as limpezas necessárias, ter as nossas equipas ativas para limpar antes que aconteça, mas no momento em que estamos, sem esses túneis estarem completos, não podemos garantir que não volte a acontecer algo como aconteceu no ano passado", admitiu Carlos Moedas.
Da intempérie do ano passado, o autarca afirma que a principal lição que se tirou foi a necessidade de coordenação entre todos os serviços a nível da Câmara Municipal.
"Tudo aquilo que foram os serviços de limpeza. Os presidentes da juntas de freguesia de Lisboa que coordenaram de maneira única um trabalho entre a Câmara e as juntas, que estiveram também durante a noite a trabalhar. Essa atividade feita pelas juntas tem um valor enorme. Com isso estamos mais preparados", rematou o presidente da Câmara de Lisboa.