Manuel Pizarro reconheceu a derrota e disse que a vitória de Rui Moreira mostra que quem manda no Porto é o povo do Porto.
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«Tudo parece indicar que o Porto deu uma enorme recusa ao populismo miserável», disse Manuel Pizarro numa referência indireta a Luís Filipe Menezes.
Admitindo estar «triste» por ter perdido as eleições, o socialista que vai ficar na Câmara do Porto como vereador da oposição saudou o vencedor, Rui Moreira, e, «em especial», o povo do Porto, por ter dado «um enorme não ao populismo mais miserável e ao centralismo mais hipócrita».
Pizarro, que esperava que a vitória do PS no Porto fosse o início de uma mudança política nacional, sustentou que o Governo «saiu semivencedor destas eleições», porque «perdeu o PSD e ganhou o CDS», partido que apoiou a candidatura do independente Rui Moreira.
Assegurando «participar com lealdade na governação da cidade», Pizarro prometeu «não vou abdicar daquilo que as pessoas que votaram no PS esperam que o PS represente - um Porto solidário, fraterno e amigo da liberdade».
«Não me vou embora. Vou ser vereador da Câmara do Porto. Tenho sob as minhas costas um enorme peso, das pessoas pobres, dos excluídos, daqueles a quem o PSD e o CDS está a por na miséria, a quem Governo oprime todos os dias e retira direitos elementares», afirmou.
Falando num «sabor agridoce de uma vitória e uma derrota», o candidato do PS apontou para a «necessidade de, já amanhã, lutar por um Porto mais desenvolvido, menos desigual».
«Este é o Porto pelo qual nos bateremos. Viva o Porto», afirmou, arrancando da plateia o mais forte aplauso da noite.