O primeiro-ministro (PM) disse que as escolas tiveram aumentos de consumos energéticos anormais na sequência de «erros de concepção» de projectos.
Corpo do artigo
Em declarações em Viseu, onde inaugurou dois centros escolares, Passos Coelho disse que, «por erros de concepção, houve várias escolas, sobretudo desta nova vaga, que foram reabilitadas ou feitas de novo ao nível da Parque Escolar», que levaram ao «aumento dos encargos com consumos eléctricos muito para além daquilo que é normal» nas escolas.
Questionado sobre a possibilidade de serem criadas excepções, Passos Coelho explicou não haver condições «para estar a criar um IVA diferenciado para uma escola ou para outra» e que deve haver é «mais poupança energética», adaptando os equipamentos a consumos menores.
«Tenho a certeza de que haverá algumas escolas que terão mais dificuldades em conseguir fazê-lo, porque há erros de concepção que tornam mais difícil fazer caber os consumos nas disponibilidades financeiras que se tem», admitiu.
O primeiro-ministro defendeu que, «para essas, terá de haver uma resposta que é estrutural», mas «relativamente às outras, terão de encontrar uma forma de poupança», à semelhança do que vai acontecer com as famílias portuguesas.
Sobre a possibilidade de haver um reforço na dotação das escolas especificamente para pagamento das facturas do gás e electricidade, disse que o Ministério da Educação terá de analisar as situações caso a caso.
«Vamos analisar todas as excepções, porque não queremos que falte gás, nem electricidade ou aquecimento. Mas a verdadeira razão não nos pode levar a fazer esse discurso de simplificação e de facilidade», sublinhou.