O autarca indicou como solução a escola Pires de Lima, garantindo que as instalações estariam prontas a receber os artistas no final do ano.
Corpo do artigo
As centenas de lojas no centro comercial Stop, no Porto, encerradas esta terça-feira por "falta de licenciamento", colocavam a segurança das pessoas em risco, disse esta quarta-feira o presidente da Câmara Municipal do Porto, afirmando que "a qualquer momento podia morrer lá alguém".
Em conferência de imprensa, depois de estar esta manhã reunido com a associação que representa os artistas, o autarca Rui Moreira explicou que tomou conhecimento de que podiam ser acusados de "negligência perpetuada" por existirem espaços a funcionar "de forma ilegal" e sem licenciamento.
"E se houvesse uma tragédia, nós seríamos responsabilizados civil e criminalmente", acrescentou.
TSF\audio\2023\07\noticias\19\rui_moreira_1
O centro comercial Stop funciona há mais de 20 anos como espaço cultural e diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas.
Segundo o administrador Ferreira da Silva, a associação de músicos do centro comercial "indicou uma arquiteta para fazer alterações ao projeto para se obter licenciamento" para o espaço. No entanto, Rui Moreira afirmou ter questionado desde início "quem vai pagar?".
Nem o responsável pelo condomínio, nem os músicos tinham capacidade financeira e "a Câmara não pode fazer obras num edifício que não é seu", sublinhou.
O autarca independente disse compreender a reação dos músicos afetados e indicou como solução a escola Pires de Lima, garantindo que as instalações estariam prontas a receber os artistas no final do ano.
Rui Moreira salientou que a vantagem daquela escola, que será desativada no início do próximo ano letivo, passando os alunos para a Escola Alexandre Herculano, é que é da autarquia, pelo que seria o município a suportar as despesas de adaptação do espaço.
A solução apresentada aos músicos terá sido do agrado destes, "até pela proximidade" entre o Stop e a referida escola, sendo que a ocupação de dois pisos no Silo Alto "é outra solução" apontada pela autarquia.
Notícia atualizada às 12h58