A proposta temporária de Rui Moreira contém presença permanente de bombeiros, novas mangueiras e formação aos utilizadores.
Corpo do artigo
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, apresentou esta sexta-feira uma solução temporária para que o centro comercial e cultural Stop possa continuar a funcionar sob certas condições, mas isso só acontecerá caso a administração do condomínio as aceite.
"Numa primeira fase, tal como aquilo está hoje, terá de ter lá um carro de bombeiros permanente com a presença de cinco operacionais que têm de estar lá em permanência durante a utilização do espaço. Entretanto, aquilo que teremos de fazer a seguir ou durante esse prazo, se assim quiserem, é um investimento naquilo que são os meios de segurança que foram verificados que não estão em condições. Estamos a falar em mangueiras, agulhetas, todas aquelas condições que vocês conhecem noutros centros comerciais e que ali não existem e que têm de ser dada também formação aos utilizadores regulares do centro para, no caso de haver um incêndio", explica o autarca, dizendo que estas condições poderão manter o Stop em funcionamento até outubro, altura em que se concluirá um processo de licenciamento para obras no edifício.
Mas há mais: "Os bombeiros demoram cerca de sete minutos a chegar lá. O que é que isto implica? Naturalmente, implica algumas alterações de uso. Uma delas tem a ver com os horários de funcionamento. Nós não podemos ter lá um corpo de bombeiros mais do que 12 horas, por razões inclusivamente laborais e também não temos o número bombeiros suficiente para garantir o funcionamento daquilo durante 24 horas. Nem seria exequível, até porque é o município que vai pagar esta verba. Nada disto será pago naturalmente, nem pelo centro, nem pelos utilizadores."
Ainda assim, estas condições terão de ser aceites pela administração do condomínio para que o funcionamento seja retomado.
"Aquilo que isto também implicará, naturalmente, será um compromisso com as associações, que, se estiverem de acordo com esta forma de utilização, a partir daí teremos que falar com a administração do condomínio, porque tudo isto tem uma condição que é que a administração do condomínio aceite estas mesmas condições", esclarece.
Rui Moreira afirma que "também se falou relativamente às lojas do exterior", que têm provocado diversas queixas devido ao barulho, mas haverá também solução para isso. "É evidente que a partir do momento em que horário está limitado até às 22h30 ou 23h00, o incómodo é menor, mas mesmo assim aventa-se a hipótese dessas lojas poderem funcionar noutra parte do edifício", propõe o autarca.
A mais longo prazo, o objetivo da câmara é claro e não haverá mais nada no local que não seja semelhante ao atual Stop: "Se os proprietários estiverem interessados em alienar o edifício, nós estamos interessados em comprá-lo. Se estiverem interessados em alugar o edifício, nós estamos interessados em alugar o edifício e fazer as obras necessárias em qualquer circunstância. Nós, isso já dissemos. Também volto a dizer que não conheço nenhum projeto imobiliário, não entrou na câmara, nem nós autorizaremos nenhum outro projeto imobiliário que não passe por uma utilização pertinente com aquilo que lá hoje acontece."